Nas rochas que desprendes das montanhas
Que cavas no seio dos montes
E se prendem ao teu esplendor.
Essa declaração de amor que é ser minha
Eu jamais a tinha escutado
Não fosse essa voz a rebentar ao sol
Num eterno romper de liberdade
E um dia raptaram-te, fizeram-te deles.
Querem que já não sejas minha
Que te desfaças contra uma parede
Que te suicides nos vales que sozinha forjaste.
Tão incrédulo ver-te presa,
Esmagada e triste,
Comida pela ganancia
Destruida.
Nunca mais fui o mesmo
Só o sou ao relembrar-te
Quando te desceste do céu
E ao infinito me devolveste.
De, João Bilhó