sábado, 1 de outubro de 2016

Guitarra (ou Alma) Portuguesa

Do som que nos apregoa
E nos dá ou tira a vida
Tocam as cordas do coração
E amarram a respiração à batida.

Que força tem cá dentro!
Só eu me rendo assim?
Só o meu silencio, benzido por Odin,
Te revela a obscura certeza do pranto.

E neste gesto sem fim
Me sugas para o inconsciente
Nesse colectivo de memórias perdidas
Nesse murmúrio rompante de desejos...

E eu continuo aqui
De lábios semi abertos
Feito entreposto de vidas futuras
Ou de passagens, por outros, pilhadas.

Se ao menos não houvesse o tempo
Em que o teu soar fosse verdadeiro...

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